Marileia Lima
A informática vem adquirindo cada vez mais relevância no cenário educacional. Sua utilização como instrumento de aprendizagem e sua ação no meio social vem aumentando de forma rápida entre nós. Nesse sentido, a educação vem passando por mudanças estruturais e funcionais frente a essa nova tecnologia.
Diante de um contexto de transformações e de novas exigências em relação ao aprender, a formação do professor capaz de mediar a interação aluno-computador tem sido um componente chave. O professor é um agente multiplicador do processo educativo e, em uma sociedade em que as inovações são processadas rapidamente, é necessário formar pessoas flexíveis, críticas, criativas, atentas às transformações da sociedade e capazes de aprender e rever suas idéias e ações.
Segundo Valente (1999), o computador pode enriquecer ambientes educacionais e auxiliar o aprendiz no processo de construção do seu conhecimento. Na escola deve acompanhar uma reflexão sobre a necessidade de mudança na concepção de aprendizagem. Não basta a escola adquirir recursos tecnológicos, é preciso ter professores capazes de atuar e de recriar ambientes de aprendizagem na busca de contribuir para o processo de mudança do sistema de ensino.
Ainda de acordo com Valente a introdução da informática na educação requer uma proposta de mudança pedagógica. É necessário repensar a questão da organização da escola, inclusive da preparação do professor para realizar um trabalho com o objetivo de promover o conhecimento do aluno. Ou seja utilizar o computador em uma abordagem construcionista onde o aprendiz constrói o seu conhecimento por meio do computador. Proporcionar ao aluno construir e reconstruir o seu conhecimento por meio das informações do mundo exterior. Utilizar o computador como uma ferramenta educacional que possibilita a construção do conhecimento. O professor assume o papel de mediador do processo pelo qual o aluno adquire conhecimento. O professor deixa de ser o repassador de conhecimentos.
Mas para isso a formação do professor precisa ser interligada com a perspectiva construcionista e a falta dessa formação tem prejudicado o desenvolvimento de um trabalho consistente nos laboratórios de informática e a aprendizagem de muitos alunos. A abordagem construcionista e interdisciplinar é a melhor abordagem pois elas valorizam as estruturas cognitivas e busca meios para que a aprendizagem ocorra por meio de ações, discussões, e interações com o objeto de estudo garantindo que não se perca a visão do todo.
Nesse sentido, se o objetivo é provocar mudanças efetivas no processo educacional, o professor deve compreender a distinção entre as abordagens instrucionista e construcionista interdisciplinar e multidisciplinar para promover mudanças em sua prática pedagógica, de modo a serem capazes de usar o computador que está adentrando a escola. A abordagem construcionista torna o computador um elemento de interação que propicia o desenvolvimento da autonomia do aluno, não direciona a sua ação, mas auxilia-o na construção do conhecimento. E a interdisciplinaridade permite a interação e a comunicação existentes entre as disciplinas buscando integração do conhecimento num todo hormônico e significativo. h e significativo;
Já na abordagem instrucionista o computador é apenas o transmissor de informações, é usado como uma máquina de ensinar. Semelhante a abordagem Multidisciplinar que é um modelo fragmentado de educação em que há justaposição de disciplinas diversas, sem relação aparente entre elas.
Vivemos na era da informática , surgindo assim uma nova concepção de currículo, baseada na interdependência entre os diversos campos de conhecimento, superando-se o modelo fragmentado e compartimentado de estrutura curricular fundamentada no isolamento de conteúdos
Os modelos multidisciplinar e instrucionalista ainda presente em muitas escolas nos dias atuais , desconsideram as características e necessidades do desenvolvimento do ser humano. E para resgatar a essa inteireza perdida e possibilitar uma visão da totalidade do conhecimento, proponho aqui as abordagens construcionista e interdisciplinar. Porque quanto mais se acelera a produção, mas se faz necessário garantir que não se perca a visão do todo. Cabe a nós educadores criar um ambiente que "estimule o pensar, a construção de saberes, a interação dos saberes, que desafie o aluno a aprender e construir conhecimento individualmente ou em parceria com os colegas, o que propicia o desenvolvimento da auto-estima, do senso-crítico e da liberdade.
Modelos: Instrucionista e Construcionista de Educação:
O quadro a seguir (Sales, 2005), fundamentado em Valente (1998) e Papert (1986, 1994) apresenta um paralelo entre os modelos, instrucionista e construcionista de educação:
http://informaticaaplicada.webnode.com.br/products/modelos%3A%20instrucionista%20e%20construcionista%20de%20educa%C3%A7%C3%A3o%3A%20%20%20/
http://portalmultirio.rio.rj.gov.br/cime/ME04/ME04_007.html
http://www.divertire.com.br/educacional/artigos/7.htm
Nenhum comentário:
Postar um comentário