Marileia Corrêa LIma
Há aproximadamente uns nove anos , verifico uma mudança constante no meu posicionamento perante a atividade docente. No início era extremante conteudista, querendo cumprir o conteúdo programático calendário sem muitas práticas pedagógicas e uso de recursos envolventes.
Hoje posso dizer que estou mais preparadA para as adversidades, para o uso de ferramentas tecnológicas, na compreensão das dificuldades dos meus alunos tanto na aprendizagem como na questão familiar, nas propostas de avaliação continuada e no parecer ao invés da nota. A prática cotidiana nos ensina bastante e o aperfeiçoamento e a formação continuada contribuem para o meu crescimento profissional.
Hoje posso dizer que estou mais preparadA para as adversidades, para o uso de ferramentas tecnológicas, na compreensão das dificuldades dos meus alunos tanto na aprendizagem como na questão familiar, nas propostas de avaliação continuada e no parecer ao invés da nota. A prática cotidiana nos ensina bastante e o aperfeiçoamento e a formação continuada contribuem para o meu crescimento profissional.
Trabalho na área da educação há 17 anos. No ano de 2010 trabalhei com a turma do primeiro ano do ensino fundamental, lidar com eles foi um desafio satisfatório, pois juntos aprendemos a aprender uns com os outros. Perceber se eles aprenderam determinado assunto é trabalho minucioso do educador porque cada criança reage em determinadas situações e aprendem de maneira diferente,uns demonstram motivação excessiva, outros, te dão apenas um sorriso, já os mais tímidos do jeito deles faz você perceber sua aprendizagem.
Um instrumento que considero eficaz para a sondagem da aprendizagem do aluno é o diagnóstico diário onde aplicamos atividades que eles possam expressar os conhecimentos adquiridos através da forma que achar conveniente, ( desenhos, textos, oralmente, etc.. ele cria a regra para demonstrar sua aprendizagem. É imprescindível analisar as formas de pensar e aprender, para assim, desenvolver estratégias de ensino que partam das suas condições reais, inserindo-os no processo histórico como agentes transformador.
Em sala de aula, procuro dar ênfase à aprendizagem, construindo-a de maneira significativa, valorizando a razão, intuição, sensação, valores, sentimento, etc., dos meus alunos. É uma troca de conhecimentos para a compreensão do mundo, possibilitando a argumentação deles e a procura dos seus conhecimentos frente às mudanças ocorridas na sociedade para podermos juntos construir um conhecimento crítico, reagindo, rejeitando e modelando a realidade.
Até pouco tempo, a grande questão escolar era somente a aprendizagem de conteúdos, onde o professor era o transmissor de conhecimentos e de informações. Acreditávamos que conhecer era acumular conhecimentos. Atualmente, a questão está centrada em interpretar e selecionar informações na busca de soluções de problemas ou daquilo que temos vontade de aprender.
Nosso desafio como educador é coordenar o ensino de conceitos e proporcionar um ambiente efetivo de aprendizagem. Oferecer um ensino contextualizado, objetivando a formação de indivíduos conscientes, autônomos, dotados de referenciais para realizar opções, capazes de construir conhecimentos, de fazer julgamentos e opções políticas.
Ser autônomo na busca de informação , usando a internet com responsabilidade, pesquisando com ética e transformando as informações adquiridas em aprendizado, relacionando aos contextos sociais. A informação é fundamentalmente necessária, mas por si só acredito que não garanta a construção do conhecimento é preciso fazer a das informações e tirar suas conclusões. Muitas informações podem não representar nenhum conhecimento. o sujeito tem acesso ao conteúdo, e é formado pelo dado pronto, de uma "relação" prévia e universalmente ou oficialmente aceita, e este recebe este produto pronto, acabado, sem inicialmente nenhuma possibilidade de autonomia no processo que se levou ao dado "informado".
Já o conhecimento é preciso apropriar-se dessa informação, relacionar conceitos, saber as causas, o porquê das coisas. Conhecer é a relação, conhecimento é o seu produto, porém está implícito no ato de conhecer que não há conhecimento passivo, este está diretamente ligado ao "ato de conhecer", e não é possível assim "receber conhecimento", o que é possível é conduzir ao conhecimento, mas esta está sempre ligada a própria intervenção do sujeito ao objeto.
Uma informação é constituída de fatos conhecidos ou dados comunicados a cerca de alguém ou de algo. Vivemos cercados de informações onde quer que estejamos, umas úteis e outras consideradas inúteis. As inúteis buscamos descartar e a úteis transformamos em conhecimento. O conhecimento resulta da interação entre o indivíduo, a informação que lhe é exterior e o significado que este lhe atribui. É, pois, resultado de um processo de construção que implica o sujeito que o constrói como principal protagonista desse processo.
Este é um dos grandes dilemas do novo século, impulsionado pelo rápido e fácil acesso a fontes de informação. Podemos obter instantaneamente milhões de informações, mas corremos o perigo de tornar-nos incapazes de processá-las.
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